Quando em 1979, a sonda Voyager 1 passou perto de Júpiter e dos seus principais satélites, detectou vulcões em actividade em Io, uma lua deste planeta que tem aspecto de pizza colorida. Foi a primeira vez que se observaram vulcões activos fora da Terra e os espectómetros de infravermelhos das Voyager detectaram temperaturas de -27 a 327º C num dos vulcões e descobriram também que estes vulcões lançam enxofre e dióxido de enxofre para a superfície do satélite. Com a Galileu foram detectadas temperaturas ainda maiores de 427 a 1610º C, na verdade demasiado elevadas para um vulcanismo apenas à base de enxofre. Começou então a surgir a ideia de que existiam em Io, magmas ricos em silicatos associados a estas temperaturas tão elevadas. Um estudo feito na Universidade de St. Louis veio agora provar isso. Simulações em computador mostram que os vulcões de Io também deitam cá para fora sódio, potássio, silício e ferro. Alguns destes elementos são vaporizados na sua forma atómica, enquanto que outros são vaporizados na forma de moléculas, como o monóxido de silício, dióxido de silício e monóxido de ferro. O estudo mostra mesmo que o monóxido de silício é o principal constituinte dos gases vulcânicos. Portanto, parece que estamos a perceber finalmente o motivo de tais temperaturas.
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