27 agosto 2004
Outros mundos
Os ventos sopram de feição para a descoberta de planetas extra-solares. Depois da descoberta do Nuno Santos de um planeta com 14 massas terrestres, é a vez dos americanos anunciarem para o dia 31 deste mês uma grande descoberta a esse nível. Vamos ver se os resultados correspondem à publicidade.
 
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20 agosto 2004
O caminho das almas

É ali que vivemos. Numa coisa destas com tantas estrelas que ninguém sabe ao certo quantas são. Por estas noites vê-se uma parte dela espalhada pelo céu. Os antigos diziam que era o caminho das almas em direcção ao céu. Não imaginavam que era a nossa casa e que aquilo que viam era apenas o papel das paredes. Há 80 anos que sabemos onde estamos. O que quer dizer que passamos muito tempo sem conhecer os cantos à casa.
 
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19 agosto 2004
O guardador de rebanhos V
Há metafísica bastante em não pensar em nada.

O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.

Que ideia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.

A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das coisas" ...
"Sentido íntimo do Universo" ...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em coisas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das coisas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das coisas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.

Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as coisas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina).

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.

Alberto Caeiro (1914)
 
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17 agosto 2004
Duas novas luas para Saturno
A Cassini já fez aquilo que eu estava à espera. Começou a descobrir novas luas em torno de Saturno. Com esta descoberta passa a ter 33. São duas pequenas luas, uma com 3 e outra com 4 km de tamanho. Mal se conseguem ver nas imagens da Cassini. A imagem de baixo mostra a S/2004 S2, que é a maior das duas. Está dentro daquele quadrado branco.

 
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15 agosto 2004
Outros vícios
Mas o vício de acreditar não existe apenas na religião. Também o temos na ciência e na astronomia. Há coisas em que acreditamos que são assim. Outras em que queremos acreditar. O caso da vida extraterreste é um deles. Acreditamos que existe, mas não temos a mínima prova a seu favor. Não é isso também uma fé? E se não houver mais vida além da Terra? E se não houver vida inteligente além da nossa? E se o pessoal na galáxia for todo bruto e burro? E se não houver mesmo nada de nada no Universo inteiro? Tudo isto é possível embora o seu contrário também o seja. Mas é sempre bom dizermos isto às pessoas. Pode não haver vida extraterreste. Podemos estar sós no Universo. É uma ideia incomodativa, eu sei, mas para já é tudo o que temos. A solidão. Porque a vida como já disse não tem porquê nem para quê. Existe simplesmente. Outro caso é o Big Bang. Falamos tanto dele em relação à origem do Universo, mas não temos uma única prova directa sobre a forma como o Universo surgiu. E as branas e as supercordas e os buracos negros primitivos e a inflação, tanta coisa que não passa de pura especulação e que tantas vezes nos é apresentada como algo de verdadeiro e provado. Que sei eu? Já perguntava Montaigne no seu famoso medalhão. E a verdade é que sabemos pouco.
 
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O vício de acreditar
Quando olhamos para a história da vida na Terra vemos uma imensidade de coisas. Vemos pelo menos 3500 milhões de anos de história. Onde andava Deus então? No tempo das primeiras bactérias, das primeiras plantas ou dos primeiros dinossauros? Já andava por aí a passear no meio deles? Estou a vê-lo a puxar-lhes o rabo, a dar-lhes de comer na boca ou a dar-lhes os 10 mandamentos da boa convivência. E no tempo dos Australopithecus já havia Deus? Será que o Australopithecus já tinha alma? Já tinha direito à vida depois da morte? E se o homen nunca tivesse aparecido na Terra, haveria Deus? E um dia quando desaparecer da face do planeta e do Universo continuará haver Deus? A vida não tem porquê nem para quê, pois existe independente de nós, mesmo que o homem nunca tivesse existido. O único problema aqui somos nós mesmos com a nossa consciência de saber que estamos cá e de arranjar respostas para justificar porque estamos cá. Mas um cão ou um gato não têm essa necessidade de justificação, pois estão cá simplesmente e não pensam muito no assunto. E nós estamos cá como eles, embora tenhamos dificuldades em aceitar isso. O Australopithecus também não pensava muito no assunto, pois tinha mais em que pensar durante o dia. Mas nós que temos uma cabeça maior e mais esperta pensamos e vemos um pouco mais longe. Mas o que vemos não é agradável e, por isso, temos dificuldade em aceitar. Surgimos na imensidade da vida terrestre como muitos outros antes de nós, mas sem quê nem para quê, como toda a vida que existe por aí e que existiu até hoje neste bocado de pedra e água. Estamos cá há pouco tempo e um dia havemos de desaparecer, talvez mesmo sem deixar rasto. E um dia será a vez da própria Terra assada pelo Sol. A vida já terá desaparecido mesmo a inteligente. Gostava de saber o que é que Deus vai fazer nessa altura? Sem gente para o inventar sem vida para o adorar. Vai sentir-se sozinho? Mas já não estava sozinho no tempo das primeiras plantas ou dos dinossauros? Ou mesmo antes, nos primórdios da Terra? Mas se passou tanto tempo sozinho, não podia ter inventado o homem mais cedo? Esperou tanto para quê? E quando há uns bons séculos atrás inspirou uns farroupilhos a escrever a bíblia não podia logo ter-lhes contado a história toda da criação? É que lhes contou a história muito mal contada cheia de erros e de imprecisões. Mais valia não lhes ter dito nada. Mas mesmo cheia de erros ainda há quem acredite nela, o que mostra bem até onde vai o nosso vício de acreditar. Como dizia há tempos um filósofo americano esta coisa da religião é como o vício de fumar. Sabemos que faz mal, mas custa sempre deixar. É preciso muita força de vontade. E, por isso, um crente não abandona facilmente a sua crença. E depois há sempre o problema do vazio. Há quem não consiga suportá-lo. Como um vício que temos e que depois nos deixa sem saber o que fazer na sua ausência.
 
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O espaço dos deuses
É espantoso como estas coisa dos Deuses nunca nos largou ao longo da história. E a resposta para tal persistência parece-me óbvia: é que sempre tivemos necessidade de explicar aquilo que nos rodeia. De explicar o porquê e para o quê da vida. O quem somos, o porquê de tudo isto. Mas à medida que fomos percebendo que o Sol não era um deus, que o Homem teve uma origem, que as pedras nascem de forma natural, os deuses foram recuando. É claro que a ciência ainda não explicou muita coisa e é nesse espaço de mistério que os deuses habitam. Se lhe roubarmos esse espaço ficam sem nada para explicar ou para justificar.
 
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O problema da criação
Ao longo destes anos nas minhas aulas de astronomia tenho sido confrontado com a velha questão de Deus. É uma questão natural para quem mexe com a origem da Terra, do Universo ou da vida. Respondo sempre com sinceridade às pessoas dizendo que ninguém sabe se o Universo foi criado ou não? Podia já existir um antes deste. Podemos ser apenas um entre uma infinidade de outros possíveis (teorias dos multiuniversos). Podemos resultar da colisão de duas branas (teoria ecpirótica, nomeada a partir do grego ekpyrosis, “fogo desastroso”) que diz que tudo surgiu do choque de duas “membranas cósmicas” as tais branas e que isso já aconteceu vezes sem conta no passado e voltará acontecer no futuro. Portanto, quem diz que o Universo teve um criador está obviamente a exagerar ou a iludir-se a si próprio, pois o Universo nestas teorias não precisa de criador para nada. Por outro lado, há sempre o problema do criador. Donde veio ele? Como surgiu? O que andava a fazer antes?

Mas se ninguém sabe como surgiu este Universo em que vivemos dar Deus como resposta é apenas uma forma confortável de dar resposta para uma coisa que não tem resposta. É como olharmos para uma pedra na rua e dizermos que foi Deus que a criou, só porque não sabemos como ela nasceu. Deus não é mais que uma resposta para tudo o que não tem resposta. Quando não sabíamos como é que as pedras tinham sido geradas dizíamos que era Deus, quando não sabíamos como é que o homem tinha aparecido na Terra a mesma coisa e por aí fora. Agora que sabemos já não dizemos o mesmo, já não é o Adão e a Eva, mas continuamos a pôr Deus nos últimos mistérios. E porquê? Porque na verdade nós nunca gostamos do mistério. Incomoda-nos e por isso arranjamos sempre respostas para tudo. E não há resposta mais fácil que Deus.
 
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14 agosto 2004
Tunguska III
Já agora para quem quiser ver trabalho sério sobre o evento de Tunguska pode consultar a página do grupo de Bolonha com vários artigos sobre o fenómeno.
 
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Tunguska II
Hoje o Público traz mais novidades sobre a descoberta de Tunguska. Foi um tal de Iúri Labvin, presidente da fundação pública Fenómeno Espacial de Tunguska, que anunciou a descoberta de restos de uma nave extraterrestre. Segundo ele tratam-se de dois bocados de nave feitos de uma liga de ferro usada na construção de foguetões e míssieis. Mas vejo depois na notícia que este nosso descobridor de naves já em 1998 tinha encontrado em Tunguska duas barras metálicas de origem extraterrestre. Portanto, é um especialista em encontrar restos de naves. É pena a notícia não dizer também que a dita fundação existe para provar que o evento de Tunguska foi provocado por uma nave extraterrestre. Mas isso é fácil de adivinhar, não é?

 
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Tunguska
A notícia é espantosa. Cientistas russos afirmam que encontraram os destroços de uma nave espacial extra-terrestre que se despenhou em 1908 em Tunguska, na Sibéria, anunciou quarta-feira à noite a agência noticiosa Interfax. Infelizmente a notícia não diz que parte da nave é que encontraram. Terá sido o motor, as asas ou a cozinha? Mas ainda é mais espantoso que notícias destas apareçam hoje em dia na comunicação social e que passem no rodapé dos noticiários da TV, como se fosse algo credível. Será que se alguém dissesse que na Rússia encontraram o Gagarin vivo também iam passar a notícia? Ou que a estrela de Belém pousou mesmo na gruta do menino Jesus? Também passavam tão assombrosa descoberta?
 
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12 agosto 2004
A notícia
E aqui fica a famosa notícia dada pela TVI ontem à noite:

Os astrónomos prevêem observar cerca de 110 meteoritos por hora, entre os dias 12 e 24 de Agosto. Esta quarta-feira à noite, se as condições climatéricas ajudarem, isto é, se o céu estiver limpo, vai-se poder assistir a uma verdadeira chuva de estrelas. Uma chuva de meteoritos das Perseídas vão passar esta noite a 212 mil e quatrocentos quilómetros por hora pela Terra.
Os meteoritos das Perseídas surgiram com o cometa Swift-Tuttle, que se aproxima do Sol a cada 130 anos.
Esta aproximação à estrela solar deixa uma cauda cheia de detritos, que se espalham como uma nuvem duradoura de pequenos pedaços de poeira. Essa nuvem é atravessada pela Terra uma vez por ano e sempre no mês de Agosto.
O melhor local para ser observado este fenómeno é o campo, cujo céu tem tendência a estar mais limpo.
As Perseídas proporcionam por vezes a observação de meteoritos com um brilho semelhante à das estrelas da Ursa Maior.
Em certas alturas podem ver-se algumas bolas de fogo. Além do estado do tempo, também a luminosidade do planeta Marte limita o fenómeno, planeta mais perto da terra.
As órbitas do «planeta vermelho» e da Terra estão a convergir rapidamente. A maior aproximação entre os dois planetas deu-se do dia 27 de Agosto do ano passado, quando Terra e Marte estavam separados por 59 mil 619 anos-luz de distância.
 
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Uma estranha associação
Uma coisa que me espantou hoje nas minhas andanças. Uma associação cristã de astrónomos. Só mesmo na América é que isto é plausível.
 
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11 agosto 2004
Tolices
É impressionante a quantidade de asneiras que ouvimos na rádio e na TV sobre as perseidas. Numa rádio local logo pela manhã, uma jornalista que me entrevistava insistia em dizer que o planeta Tutle tinha passado pelo espaço e deixado um rasto de poeiras. Confundir um planeta com um cometa será normal? Não é uma coisa que se aprende na escola? Não devia um jornalista saber distinguir um planeta de um cometa para perceber o absurdo da afirmação? À noite na TVI, a pivot do Jornal da Noite falava no "meteorito das perseidas" que vai passar pela Terra e na peça logo a seguir, o jornalista dizia que Marte estava em aproximação à Terra e que isso ia afectar as observações. Ora isto é daquelas coisas completamente inventadas. Onde é que o jornalista foi desenterrar uma história destas? Tudo isto mostra a falta de atenção e cuidado com que é elaborado um texto para um teleponto ou para uma reportagem. Ainda por cima, saiu hoje no Público um artigo sobre o fenómeno correcto em todos os aspectos. Bastava ler o Público ou ir à net para se fazer um bom texto. Por isso, não percebo como pode haver confusões deste tipo?

P. S. Só mais uma. Na TVI também foi dito que no ano passado Marte na sua grande aproximação à Terra distava de nós apenas 59 000 anos-luz. Ou seja, estava do outro lado da galáxia. O que é espantoso é como é que se via tão bem no céu. É mesmo fantástico.
 
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Leão A
Perceber como se formaram as primeiras galáxias é uma tarefa complicada. Pensa-se que o processo de formação começou com pequenas nuvens protogalácticas que se juntaram para formar galáxias como a Via Láctea. Chama-se a isto um processo de baixo para cima. Os restos de tais "sementes" galácticas seriam as muitas galáxias anãs que existem pelo Universo, nomedamente no nosso Grupo Local. Uma delas, conhecida por Leão A, fica a 2600 milhões de anos-luz da Terra e tem apenas 5 mil anos-luz de tamanho e 0.01% da massa da Via Láctea. É uma galáxia com estrelas velhas pobres em metais e uma estrutura irregular, o que faz pensar que se trata de uma galáxia primitiva sem grande evolução ao longo do tempo. Observações feitas pelo telescópio Subaru, reveleram, no entanto, que a galáxia é muito mais complexa do que parece. As observações detectaram um halo de estrelas à volta da galáxia, algo que nunca tinha sido visto numa galáxia anã e também a existência de um disco. A existência de halos é comum nas galáxias espirais como a nossa, mas não em galáxias anãs e irregulares. O mesmo se pode dizer do disco. Portanto, se até agora galáxias como Leão A eram consideradas os blocos constituintes de galáxias maiores como a VL, como é que Leão A já tem um disco e um halo? Ou seja, como é que já imita a nossa? Ainda por cima, pensa-se que o halo da nossa foi feito à custa de comer galáxias anãs como o caso em estudo. Ou seja, a VL já foi uma grande canibal (e ainda é), será que Leão A também tem halo à custa de canibalismo? Ou o processo é outro? Como podem ver a confusão é grande.

 
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Perseidas
O Público traz hoje na 1ª página uma chamada para as perseidas. Não sei se justifica, mas convém sempre dar uma espreitadela logo à noite embora o tempo não ajude muito a isso. Melhor será amanhã, pois vamos ter uma noite boa. Estarei no Caramulo à espreita. Emboscado e à espreita.

 
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10 agosto 2004
Já só falta um ano
Já só falta um ano para o lançamento deste verdadeiro satélite espião capaz de ver uma mesa de cozinha em Marte. Não sabemos se os marcianos costumam comer cá fora, mas se costumam vão ser apanhados pela Mars Reconnaissance Orbiter. Talvez não seja tão espectacular como um rover, mas o trabalho que vai fazer vai certamente superar qualquer rover.

 
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Noite
A esta hora da noite tanto eu como o computador já deitamos fumo. Já vejo galáxias por todo o lado. Os olhos ficam vermelhos cansados da luz do ecrã. Pedem descanso. E eu vou fazer-lhes a vontade.
 
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OWL
Quando entrar em funcionamento lá para 2020, este belo monstro será capaz de ver as primeiras galáxias que nasceram no Universo ou resto de uma nave Apollo na Lua. Terá 100 metros de diâmetro e irá ser o maior telescópio alguma vez construido na Terra. Mas já dava jeito nos tempos que correm.

 
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08 agosto 2004
O nosso cantinho
Vivemos numa galáxia parecida com esta. Num pequeno canto longe do centro, na periferia, nos bairros da lata. É um cantinho muito pequenino bem adequado à nossa triste medida. Que coisa pequena somos nós. Que vastidão incrível à nossa volta. Que pena não podermos ver também a nosssa assim.

 
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07 agosto 2004
A Lua e o Elefante
É sempre difícil fazermos uma boa apresentação. Para quem não sabe dá muito trabalho. Podemos perder muitos dias de volta de uma palestra. Pesquisar imagens, ideias, o melhor template para os slides, estruturar conceitos, fazer as coisas acessíveis. Mas há um momento em que olhamos para o trabalho e dizemos está pronto. Hoje acabei a minha. Chama-se "A Lua e o Elefante" e vai servir para o Astronomia no Verão. Portanto, quem quiser tem que ir a uma das sessões para ver esta estranha relação entre a Lua e um elefante.
 
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06 agosto 2004
As nossas datas
E aqui ficam as datas para quem quiser aparecer:

06 Agosto - Carregosa (Escola EB 2,3)
12 Agosto - Caramulo (junto ao Caramulinho)
19 Agosto - Praia da Barra
23 Agosto - Vouzela (antiga ponte da Linha do Vouga)
24 Agosto - Albergaria-a-Velha (junto às piscinas)
25 Agosto - Aveiro (Parque da Fonte Nova)
26 Agosto - Curia (parque das termas)
27 Agosto - Estarreja (junto ao mercado municipal)
28 Agosto - S. João da Madeira (Parque da Srª. dos Milagres)
30 Agosto - Oliveira do Bairro (Parque do Silveiro)
31 Agosto - Albergaria-a-Velha (junto às piscinas)
01 Setembro - Aveiro (Parque da Fonte Nova)
17 Setembro - Torredeita (Planetário de Torredeita)
 
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Astronomia no Verão
Começa hoje para mim o Astronomia no Verão. Um pouco triste com a falta de garantias de financiamento por parte do Ciência Viva. O governo não tem dado sinais positivos a este respeito. E este ano a situação é grave. Passamos de 30 para 13 noites. Tenho pena que assim seja. A este respeito saiu hoje uma notícia no Diário de Aveiro que explica tudo. Aqui fica o texto da Ana Sofia Pinheiro.

Falta de financiamento motiva redução de sessões

Tem início hoje, pelas 22 horas, em Carregosa, a primeira sessão deste ano do programa «Astronomia no Verão», organizado em Aveiro pela Associação de Física da Universidade de Aveiro (FISUA)

A falta de garantias de financiamento por parte da Fundação Ciência Viva, afecta ao Ministério da Ciência e Tecnologia, está a motivar a redução de sessões dos diversos projectos de Verão, nomeadamente o «Astronomia no Verão», que só em Aveiro passou de 30 sessões no ano passado para 13 este ano.Estes dados foram avançados ao Diário de Aveiro por José Matos, do FISUA, entidade organizadora em Aveiro do programa e que desde 1997 participa neste evento nacional, cuja missão é cativar pessoas para o gosto pelas ciências, neste caso a astronomia, numa altura em que estão de férias e têm mais tempo livre.O responsável diz-se, assim como outras entidades que estão a viver a mesma situação, «decepcionado com os cortes orçamentais. Houve muita gente a reduzir o número de sessões por causa da incerteza de pagamento destas actividades», declarou ao nosso jornal. No entender de José Matos, o Ministério da Ciência «deveria dar sinais mais positivos e animadores» da situação em que se encontra.Até porque já lá vão oito anos desde que a primeira iniciativa do «Astronomia no Verão» foi levada a cabo e desde cedo se notou o interesse das pessoas por este evento. Prova disso mesmo foi o aumento gradual de ciências abrangidas pelo programa (primeiro a astronomia, depois aderiram também a Biologia e a Geologia, e este ano, pela primeira vez, a engenharia) e de entidades por todo o país apostadas em desenvolver actividades de divulgação das diferentes áreas científicas.

Observação astronómica

Tendo por base a divulgação científica, a iniciativa «Astronomia no Verão», que arranca hoje em Aveiro e prolonga-se até 17 de Setembro, consiste na realização, sempre às 22 horas, de sessões de «observação astronómica usando telescópios e convidando as pessoas a observar o céu», explicou José Matos, da Associação de Física da Universidade de Aveiro (FISUA). Isto é o que se pretende fazer nas diversas localidades do país, mas em Aveiro existe uma outra novidade, com a assinatura da FISUA, que consiste na realização de uma «aula teórica sobre a astronomia, com projecção de imagens. Esta alternativa permite-nos também não ficar dependentes das condições atmosféricas para observação astronómica e ter sempre alguma coisa para mostrar às pessoas», garantiu.José Matos vincou ainda que esta «aula» é interessante e «complementa a observação propriamente dita», dado que «é importante que as pessoas percebam o que estão a ver».Pretendendo dar um cunho pessoal à iniciativa, a FISUA, nestas sessões teóricas, desenvolveu um tema, que procura demonstrar a lua e o tamanho do universo. Designar-se-á «A lua e o elefante» e é um exclusivo da organização aveirense da «Astronomia no Verão».A FISUA espera que a iniciativa seja bem divulgada pelas diferentes autarquias onde vai estar presente, por forma a cativar o público, que para observar «os astros» não terá de desembolsar um único cêntimo. Terá apenas que levar consigo a curiosidade e a vontade de querer saber mais.
 
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04 agosto 2004
A caminho de Mercúrio

A Messenger começou a sua longa jornada a caminho de Mercúrio. Pelo caminho apanhará boleia da Terra e de Vénus e até do próprio Mercúrio a partir de 2008. Espero que chegue lá de boa saúde. Bon Voyage.

 
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Mais um
Um novo blogue sobre Astronomia.
 
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