Começa hoje para mim o Astronomia no Verão. Um pouco triste com a falta de garantias de financiamento por parte do Ciência Viva. O governo não tem dado sinais positivos a este respeito. E este ano a situação é grave. Passamos de 30 para 13 noites. Tenho pena que assim seja. A este respeito saiu hoje uma notícia no Diário de Aveiro que explica tudo. Aqui fica o texto da Ana Sofia Pinheiro.
Falta de financiamento motiva redução de sessões
Tem início hoje, pelas 22 horas, em Carregosa, a primeira sessão deste ano do programa «Astronomia no Verão», organizado em Aveiro pela Associação de Física da Universidade de Aveiro (FISUA)
A falta de garantias de financiamento por parte da Fundação Ciência Viva, afecta ao Ministério da Ciência e Tecnologia, está a motivar a redução de sessões dos diversos projectos de Verão, nomeadamente o «Astronomia no Verão», que só em Aveiro passou de 30 sessões no ano passado para 13 este ano.Estes dados foram avançados ao Diário de Aveiro por José Matos, do FISUA, entidade organizadora em Aveiro do programa e que desde 1997 participa neste evento nacional, cuja missão é cativar pessoas para o gosto pelas ciências, neste caso a astronomia, numa altura em que estão de férias e têm mais tempo livre.O responsável diz-se, assim como outras entidades que estão a viver a mesma situação, «decepcionado com os cortes orçamentais. Houve muita gente a reduzir o número de sessões por causa da incerteza de pagamento destas actividades», declarou ao nosso jornal. No entender de José Matos, o Ministério da Ciência «deveria dar sinais mais positivos e animadores» da situação em que se encontra.Até porque já lá vão oito anos desde que a primeira iniciativa do «Astronomia no Verão» foi levada a cabo e desde cedo se notou o interesse das pessoas por este evento. Prova disso mesmo foi o aumento gradual de ciências abrangidas pelo programa (primeiro a astronomia, depois aderiram também a Biologia e a Geologia, e este ano, pela primeira vez, a engenharia) e de entidades por todo o país apostadas em desenvolver actividades de divulgação das diferentes áreas científicas.
Observação astronómica
Tendo por base a divulgação científica, a iniciativa «Astronomia no Verão», que arranca hoje em Aveiro e prolonga-se até 17 de Setembro, consiste na realização, sempre às 22 horas, de sessões de «observação astronómica usando telescópios e convidando as pessoas a observar o céu», explicou José Matos, da Associação de Física da Universidade de Aveiro (FISUA). Isto é o que se pretende fazer nas diversas localidades do país, mas em Aveiro existe uma outra novidade, com a assinatura da FISUA, que consiste na realização de uma «aula teórica sobre a astronomia, com projecção de imagens. Esta alternativa permite-nos também não ficar dependentes das condições atmosféricas para observação astronómica e ter sempre alguma coisa para mostrar às pessoas», garantiu.José Matos vincou ainda que esta «aula» é interessante e «complementa a observação propriamente dita», dado que «é importante que as pessoas percebam o que estão a ver».Pretendendo dar um cunho pessoal à iniciativa, a FISUA, nestas sessões teóricas, desenvolveu um tema, que procura demonstrar a lua e o tamanho do universo. Designar-se-á «A lua e o elefante» e é um exclusivo da organização aveirense da «Astronomia no Verão».A FISUA espera que a iniciativa seja bem divulgada pelas diferentes autarquias onde vai estar presente, por forma a cativar o público, que para observar «os astros» não terá de desembolsar um único cêntimo. Terá apenas que levar consigo a curiosidade e a vontade de querer saber mais.
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