28 fevereiro 2005
Quinta à noite
Quando uma estrela morre tanto pode transformar-se numa anã branca ou num pulsar como num buraco negro. Os buracos negros são os objectos mais misteriosos do Universo. Monstros famintos em lugares secretos são capazes de absorver enormes quantidades de matéria. Perceber como as estrelas morrem e o que está na origem dos buracos negros é o tema da próxima palestra na Fábrica Ciência Viva em Aveiro. Na próxima Quinta-Feira, às 21h00 na Fábrica, Rosa Doran vai falar-nos destes intrigantes objectos que resultam da morte de estrelas maciças. No final da palestra haverá uma apresentação do céu de Março feita por mim.
 
posted by Jose Matos at 19:19 | Permalink | 2 comments
Astronomia versus astrologia
A secção de astronomia de Coimbra promove na galeria de Santa Clara, "o mês da Lua", com uma exposição e conversas astronómicas às Quartas à tarde. Na próxima Quarta vou lá estar para falar sobre astronomia e vou ter como oponente na conversa um astrólogo. Sobre este assunto aconselho um texto antigo meu publicado no site da Cepo.
 
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27 fevereiro 2005
Astronomy
É curioso olhar para uma revista tão antiga. O número de Fevereiro de 81 da Astronomy traz o Saturno na capa. A revista dedica 13 páginas à passagem da Voyager 1 por Saturno. Mas o que eu mais gosto de ver nestes números antigos é a publicidade. Logo a abrir a revista 2 páginas inteiras de publicidade da Meade. A marca tinha lançado há pouco tempo os seus primeiros SCTs. Um modelo de 20 cm de diâmetro e outro de 4 cm. A publicidade impressiona e sei que começou logo aqui o sucesso da marca nesta gama de telescópios. É uma publicidade bem cuidada com bom aspecto gráfico e fotográfico. Na última página, um modelo e uma marca que já não existem: o Dynamax 8. Um belo Schmidt-Cassegrain, já extinto. E na contracapa o C8 laranja da Celestron, que mudou de cor (para preto) em 84. Mas em duas décadas de evolução pouco mudou nestes telescópios. A óptica é a mesma, embora o tratamento dos espelhos com camadas mais reflectoras tenha melhorado muito a transmissão da luz. De resto, a grande diferença está na electrónica. O GPS, a possibilidade de apontar automaticamente e outras pequenas minhoquices, são a principal diferença dos actuais SCTs em relação aos seus antepassados. Mas olhar para trás, para o tempo em que tudo andava mais devagar, em que a informação demorava a chegar, em que a astronomia era uma sombra do que é hoje é realmente curioso. É o regresso à infância, aos tempos da inocência, aos tempos em que a astronomia não existia em Portugal, aos tempos em que a ignorância era grande. Quantas pessoas liam a Astronomy em 1981, em Portugal? E a Sky and Telescope? Quantos acompanhavam de perto a odisseia das Voyager? Quantos tinham um telescópio em casa? Em vinte e poucos anos tudo mudou. Hoje a astronomia circula como nunca. Qualquer um pode comprar a Astronomy. Qualquer um pode comprar um telescópio no supermercado. Qualquer um pode ir à net ver as últimas notícias. Qualquer um pode frequentar um curso de astronomia como aqueles que eu faço. Já ninguém liga ao passado. Só os mais saudosos como eu, é que se vão lembrando destas coisas. Para que a memória não se apague. Para que a memória permaneça.
 
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25 fevereiro 2005
José Fernando Monteiro II
O Público traz hoje a notícia da morte de José Fernando Monteiro. Como diz o António Ribeiro era nosso maior especialista em geologia planetária. Também em meteoritos. Por isso, vai fazer-nos falta. Era um homem extremamente culto. Tinha invenja da biblioteca que tinha lá em casa. Bem maior do que a minha. Durante anos, li religiosamente as suas crónicas no JN. Sem ainda o conhecer gostava do que ele escrevia. Depois quando começamos a falar foi sempre um grande conselheiro sobre meteoritos e geologia planetária. Os alunos dele fizeram-lhe uma homenagem nesta página. Vale a pena ler.
 
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24 fevereiro 2005
Palestras
Existem aqui boas palestras e bons temas para as escolas. Mas também existem coisas difíceis para alunos do secundário ou do básico. Conheço muitas das pessoas que vão dar estas palestras e sei que algumas não têm grande jeito para lidar com miúdos. Sei que algumas vão estar desfasadas da realidade. Mas no meio de tanta coisa, também há coisas boas. É preciso é saber escolher. A lista é do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A aventura do Universo - Luis Peralta

O Universo é quântico - Augusto Barroso

Do Big-Bang às galaxias - José Pedro Mimoso

O Big Bang e a Evolução do Universo - Paulo Crawford

Neutrinos Solares: a energia invisível - Luis Bento

Descobrir a massa das partículas - António Amorim

Somos feitos de pó de estrelas - Ana Maria Eiró

Albert Einstein cem anos depois - Paulo Crawford

Einstein e a Teoria da Relatividade - Paulo Crawford

O que é o tempo - Rui Agostinho

Planetas extra-solares - Filipe Duarte Santos

A Colonização de Marte - Rui Agostinho

Construindo novos instrumentos em Astrofísica - António Amorim

Caos no sistema solar - Ana Nunes

Computação para encontrarmos a agulha no palheiro - António Amorim

De que tamanho é o mundo? Da Internet às redes sociais - Ana Nunes

Nano Lego - Jorge Pacheco

Dos cristais de gelo aos fogos florestais - Margarida Telo da Gama

Auto-organizacão e as riscas dos tigres - Margarida Telo da Gama

Fractais e a geometria da natureza - Ana Nunes

Supercondutores e superfluidos - Margarida Telo da Gama

A Fisica e o risco dos mercados financeiros - Augusto Barroso

Radiação e saúde - Luis Peralta

Física e a saúde - Pedro Almeida

Física e a saúde - Eduardo Ducla Soares

Grandes contribuições da Física para a Medicina - Eduardo Ducla Soares

Física e a saúde - Alexandre Andrade

A Física no ambiente - Luisa Carvalho

Porque aumenta a temperatura em Portugal - Pedro Miranda

Alterações climáticas - Filipe Duarte Santos

Clima e ambiente - Filipe Duarte Santos

Riscos sísmicos em Portugal - Paula Teves

À procura das origens do terramoto de 1755 - Luis Matias

À beira de uma inversão do campo magnético Terrestre? - Miguel Miranda

Viagem ao interior da Terra - Miguel Miranda

Imagens de satélite e a protecção ambiental - José Teixeira

As ondas e o Surf - Isabel Ambar

O mar está tão frio e é Verão? - Isabel Ambar

As marés no Oceano - Joaquim dos Santos

O papel do Oceano no clima - Joaquim dos Santos

Energia Solar Fotovoltaica - João Serra

História da Física - Ana Isabel Simões
 
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Spirit
O Spirit está velho. A poeira nos painéis denota a idade. Ainda trabalha, mas já não é o que era. Em Marte, o tempo também passa.

 
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José Fernando Monteiro
Morreu hoje um amigo. Conhecia o José Fernando Monteiro há mais de uma década, embora já o lesse há mais tempo no JN. A sua última crónica para o Portal do Astronómo foi sobre Plutão. Era um grande divulgador e um grande geólogo. E era jovem, o que torna a sua morte mais absurda. Vou sentir a falta dele e dos seus escritos. Das nossas longas conversas. Do nosso convívio. Agora já não tenho ninguém para falar sobre meteoritos.
 
posted by Jose Matos at 19:23 | Permalink | 0 comments
23 fevereiro 2005
Gelo em Marte
Esta imagem, tirada pela câmara de alta resolução da Mars Express, mostra aquilo que parece ser um mar congelado coberto por uma camada de pó perto do equador marciano. Pensa-se que a água congelada esteja perto da superfície, mas ainda é cedo para dizer alguma coisa de concreto. É preciso esperar pelo radar da Mars Express para confirmar estes dados.
 
posted by Jose Matos at 20:46 | Permalink | 0 comments
22 fevereiro 2005
Curso
Começa daqui a uma semana o ABC da Astronomia em Aveiro. Para quem ainda não se inscreveu ainda vai a tempo.
 
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21 fevereiro 2005
A comprar
Um livro interessante sobre foguetões e satélites. Bem ilustrado e acessível para quem gosta do tema. Pode ser comprado na Fnac francesa.

 
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Números
Quantas luas conhecidas existem no sistema solar à volta dos planetas? Como é um número que muda com alguma frequência aqui vai uma lista actualizada.

Mercúrio - 0

Vénus - 0

Terra - 1

Marte - 2

Júpiter - 62

Saturno - 35

Úrano - 27

Neptuno - 13

Plutão - 1
 
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18 fevereiro 2005
A ler
O último número da revista Espace Magazine. Tem um bom artigo sobre a missão da Huygens em Titã.


No mesmo sentido a revista Astronomy Now com Saturno na capa.

 
posted by Jose Matos at 21:47 | Permalink | 0 comments
Voyager e Titã
Dados antigos da Voyager 1 sobre Titã vistos com novos olhos. Um paper de James Richardson, Ralph Lorenz e Alfred McEwen.
 
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Fóruns
Dois fóruns de discussão onde qualquer pessoa se pode inscrever e participar. O do FISUA e do Aerotek.
 
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17 fevereiro 2005
Há 75 anos
Eram 4 da tarde do dia 18 de Fevereiro de 1930. No observatório de Lowell em Flagstaff, no Arizona, um jovem astrónomo chamado Clyde William Tombaugh, descobriu numa placa fotográfica um objecto de magnitude 14,9 que parecia ter-se movido ligeiramente em relação ao fundo estelar. Desconfiado que pudesse ser o novo planeta que tanto procurava, pesquisou em placas anteriores a ver se encontrava o objecto em questão. Sabendo o que procurava não teve problemas em descobri-lo e em traçar o seu trajecto por entre as estrelas. Acabava de descobrir Plutão.

 
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13 fevereiro 2005
Newton
Ainda me lembro na Física do 9º ano, de aprender as três leis do movimento de Newton. Na altura achei aquilo uma chatice, uma canseira. Muitos dos meus colegas devem ter achado o mesmo, pois não víamos que aplicação tinha aquilo no dia-a-dia. Havia naquele tempo um ensino muito teórico, de giz e quadro, sem experimentação que mostrasse os conceitos. Hoje as coisas mudaram um pouco e há outros meios à disposição dos professores e dos alunos. Há mesmo desafios como os promovidos pelo Ciência Viva que ajudam os alunos a motivarem-se para esta matéria. Amanhã vou estar numa escola a falar sobre Newton e a 1ª lei do movimento ou da inércia. Espero que toda a gente perceba o que eu vou dizer. E espero que os alunos vejam em Newton mais do que eu vi no tempo deles.
 
posted by Jose Matos at 17:46 | Permalink | 0 comments
12 fevereiro 2005
Mais um no Pulsar da Virgem
Talvez não saibam, mas os primeiros planetas extra-solares descobertos na busca de outros mundos foram detectados pela primeira vez em 1991 por Alexander Wolszczan, da Universidade de Cornell (EUA), usando o radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico e estavam num sítio onde ninguém esperava encontrá-los. Eles estavam perto de um pulsar, um corpo extremamente denso que resulta da morte de uma estrela maciça depois da explosão de uma supernova. A descoberta deixou muita gente perplexa, pois quando a estrela explodiu devia ter destruído tudo à sua volta inclusive os planetas. Como poderiam então eles lá estar?

Uma sugestão era de que o pulsar tinha recebido matéria de uma estrela vizinha e que alguma dessa matéria tinha ficado à volta dele formando um disco de matéria que depois deu origem aos planetas. A outra passava pelo choque de duas anãs brancas que por fusão deram origem ao pulsar e também a um disco de matéria do qual nasceram os planetas. Ainda hoje, não sabemos obviamente o que aconteceu no caso do pulsar em análise, mas tanto um cenário como o outro são possíveis. A única coisa que sabemos é que são quatro planetas (dois deles maiores do que a Terra) e que três deles estão muito perto do pulsar. O último foi descoberto há pouco tempo.
 
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11 fevereiro 2005
A estrela da morte
Há uma força estranha neste bocado de pedra e gelo? Será uma nave disfarçada de pedra? Não estarão lá dentro naves de guerra à espera de um sinal? Não estará o Império a preparar um contra-ataque?

 
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10 fevereiro 2005
Hubble
A NASA não vai ter dinheiro para enviar uma missão para prolongar a vida do telescópio espacial Hubble, seja ela robótica ou tripulada. O orçamento para 2006 da agência espacial norte-americana, divulgado esta semana, não comporta verbas para tal. As verbas sobem, no total, 2,4 por cento, para cerca de 16,5 mil milhões de dólares (perto de 13 mil milhões de euros), mas apenas 93 milhões de dólares podem ser gastos no Hubble. E, destes, 75 milhões estão cativados para as operações necessárias para fazer com que o observatório caia na Terra em segurança. Portanto, adeus Hubble.
 
posted by Jose Matos at 20:23 | Permalink | 0 comments
09 fevereiro 2005
Mimas
Mimas contra o fundo azul da atmosfera de Saturno. As linhas longas e escuras na atmosfera são sombras projectadas pelos anéis do planeta.

 
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06 fevereiro 2005
Cursos
Um excelente curso sobre o sistema solar exterior dado por Francis Nimno na Universidade da Califórnia. No fundo da página podem-se ver as apresentações feitas pelos próprios estudantes. Além deste curso, este professor de Geologia Planetária dá mais dois. Um sobre a origem e evolução do sistema solar e outro sobre Marte.
 
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Einstein em Lisboa
No ano de Einstein, o Departamento de Física da Faculdade de Ciências de Lisboa teve uma boa ideia. Vai fazer um curso sobre o físico chamado: Einstein, construtor de universos. Uma iniciativa de louvar.
 
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05 fevereiro 2005
Simulador
Um simulador interessante que mostra como é que vemos os objectos ao telescópio. O utilizador pode escolher vários parâmetros em relação ao telescópio e ver no ecrã como aparece a Lua ou os planetas.
 
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04 fevereiro 2005
Einstein
Para gosta dele tem agora uma Action Figure. Pode ser adquirido na loja da American Association of Physics Teachers.

 
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Curso de astronomia
Para quem quiser ver já se encontra on-line a informação relativa ao ABC da Astronomia que vai começar no FISUA no dia 1 de Março.
 
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Bolseiros
A Associação dos Bolseiros de Investigação (ABIC) lançou uma petição nacional para o emprego científico em Portugal. Podem ler e assinar.
 
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01 fevereiro 2005
A ver
A ver sobre anãs castanhas aqui e aqui.
 
posted by Jose Matos at 15:25 | Permalink | 0 comments
A ver
Um link interessante para notas sobre astronomia.
 
posted by Jose Matos at 15:22 | Permalink | 0 comments