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reunião da semana passada da ESA foi importante para definir estratégias e políticas da agência e Portugal saiu desta reunião com a vontade de aumentar a sua participação na ESA, o que é positivo. Portugal vai investir uma média de 6,4 milhões de euros/ano na ESA, o que significa um ligeiro aumento em relação ao que actualmente gastava.
Vamos entrar pela primeira vez no programa de observação da Terra, o GMES, onde teremos uma participação no valor de 15 milhões de euros nos próximos 5 anos e vamos também a aumentar a nossa participação no Aurora, onde passamos de 500 mil euros para 3 milhões de euros. É um salto grande, mas o que me interessa neste programa de exploração marciana é que Portugal participe em pé de igualdade com outros parceiros.
Ora os nossos investigadores precisam também de apoio para poder participar de forma activa no estudo de Marte, o que não tem acontecido de forma razoável. Participar no Aurora tem sempre duas componentes a tecnológica e a científica de investigação dos dados recolhidos. Ora esta última, além de diminuta tem sido mal apoiada em Portugal. Fica aqui o alerta.
Ainda em relação à reunião da ESA tenho pena que os ministros não tenham dado luz verde à participação europeia no veículo espacial russo Clipper. A Europa continua sem uma nave espacial tripulada e a sua não participação no Clipper continua a deixar os europeus sem perspectivas a esse nível.