Embora sejam raros (conhecemos 10 actualmente), os planetas extra-solares detectados pelo método do trânsito são uma chave importante para entendermos a formação planetária, pois são os únicos onde conseguimos determinar a massa e o raio com precisão. A partir daqui é possível saber a sua densidade e ter uma ideia sobre a sua composição. Mesmo assim, não é fácil, pois são necessários modelos precisos sobre a estrutura interna e a evolução dos planetas.
Tudo isto se complica com o nosso parco conhecimento sobre o comportamento da matéria em altas pressões, o que acontece no interior de planetas gigantes. Por isso, dos 9 planetas detectados por trânsito até Abril deste ano, só o menos maciço tinha a sua composição global determinada de forma satisfatória.
Mas um estudo publicado ontem por uma equipa internacional (na qual está o Nuno Santos) dá-nos uma visão global sobre estes 9 planetas que afinal possuem propriedades homogéneas e relações entre a sua metalicidade e a estrela que orbitam.
Calcula-se que os núcleos destes planetas tenham massas entre 0 (nenhum núcleo, ou pequeno demais) e 100 vezes a massa da Terra, e um envelope circunvizinho de hidrogénio e hélio. Notou-se também em alguns destes planetas metalicidades admiráveis e não previstas nos modelos de formação planetária.
Depois encontraram também uma relação entre os planetas e as suas estrelas. As estrelas de metalicidade semelhante à do Sol possuem planetas com núcleo pequeno, enquanto que outras duas ou três vezes mais ricas em metais possuem planetas com núcleos maiores e também mais ricos em metais. Ora isto mostra que a metalicidade da estrela joga um papel importante na formação planetária e que existe uma relação directa entre a metalicidade estelar e planetária. Aliás, o gráfico em baixo mostra isso bem.
Tudo isto se complica com o nosso parco conhecimento sobre o comportamento da matéria em altas pressões, o que acontece no interior de planetas gigantes. Por isso, dos 9 planetas detectados por trânsito até Abril deste ano, só o menos maciço tinha a sua composição global determinada de forma satisfatória.
Mas um estudo publicado ontem por uma equipa internacional (na qual está o Nuno Santos) dá-nos uma visão global sobre estes 9 planetas que afinal possuem propriedades homogéneas e relações entre a sua metalicidade e a estrela que orbitam.
Calcula-se que os núcleos destes planetas tenham massas entre 0 (nenhum núcleo, ou pequeno demais) e 100 vezes a massa da Terra, e um envelope circunvizinho de hidrogénio e hélio. Notou-se também em alguns destes planetas metalicidades admiráveis e não previstas nos modelos de formação planetária.
Depois encontraram também uma relação entre os planetas e as suas estrelas. As estrelas de metalicidade semelhante à do Sol possuem planetas com núcleo pequeno, enquanto que outras duas ou três vezes mais ricas em metais possuem planetas com núcleos maiores e também mais ricos em metais. Ora isto mostra que a metalicidade da estrela joga um papel importante na formação planetária e que existe uma relação directa entre a metalicidade estelar e planetária. Aliás, o gráfico em baixo mostra isso bem.
A última descoberta por trânsito (o XO-1b) anunciada recentemente mostra um planeta à volta de uma estrela com metalicidade semelhante à do Sol e um planeta de núcleo pequeno, o que está de acordo com a correlação agora anunciada.
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