28 agosto 2006
Fragilidades
É fácil perceber que o argumento usado pela UAI para despromover Plutão da categoria de planeta é muito frágil. Ou seja, de que um objecto só pode ser considerado planeta se for dominante na sua órbita ou por outras palavras se for capaz de atrair os objectos circundantes e limpar o sítio por onde anda. Ora diga-se de passagem que Plutão é dominante na sua órbita, pois não tem por lá nada que o impeça de circular. Portanto, no sítio onde anda foi capaz de limpar tudo à sua passagem. Percebe-se, no entanto, que o argumento se refere mais ao princípio do sistema solar quando os 8 planetas que conhecemos limparam tudo à sua volta e se tornaram dominantes nas suas órbitas. Plutão deve em tempos idos ter circulado perto de Neptuno, mas foi depois ejectado por este para a sua órbita actual. Portanto, foi “limpo” por Neptuno. Mas isso não invalida que Plutão circule agora numa órbita onde é dominante. Portanto, o argumento tem fragilidades e custa perceber como é que aquela gente na UAI usou uma argumentação tão frágil para despromover Plutão?
 
posted by Jose Matos at 16:27 | Permalink |


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