08 dezembro 2004
Outra vez as anãs
Continuando com a discussão em torno da morte das anãs vermelhas e castanhas o Jeff Mangum diz o seguinte:

Red Dwarfs are actually lower-mass cousins of White Dwarfs. Red dwarfs are stars with less than about 0.5 solar mass. These low-mass stars will never be able to fuse helium even after the core ceases hydrogen fusion. There simply isn't a stellar envelope massive enough to bear down enough pressure on the core. Proxima Centauri is an example. Red Dwarf stars live for hundreds of billions of years. When nuclear reactions eventually cease in their cores, they will continue to glow weakly in the infrared and microwave part of the spectrum for many billions of years.

Quando lhe perguntei se elas se transformavam em anãs brancas de início diz:

No, they do now. Red Dwarfs simply cool slowly for a long time.

Mas depois explica-se melhor e diz que realmente as anãs vermelhas podem transformar-se em anãs brancas ao fim de muito tempo.

It is a matter of timescales. Most stars end up as white dwarfs, butthe lowest mass stars (red dwarfs) take an extremely long time toevolve from their stellar states to the white dwarf stage. In fact,according to our current understanding of stellar evolution, thesestars take so long to evolve into white dwarfs that even one bornclose to the beginning of time (some 10 to 13 billion years ago),would still have not reached the white dwarf stage. People haveactually measured the numbers of these M and K dwarfs in the Galaxy's halo. There are very few, and it is possible that there are many times as many white dwarfs in the halo as one would expect based on the numbers of M and K dwarfs in the halo. That statement assumes that the stars in the halo formed exactly the same way as stars are forming now in the Galaxy's disk.

A ideia com que fico depois desta conversa é que realmente as anãs vermelhas podem transformar-se em anãs brancas ao fim de muito tempo através de contracção gravitacional. Mas não deixam de ser umas anãs brancas especiais, pois não estão expostas. Ou seja, o que teremos no fim da vida de uma anã vermelha é uma estrela contraída com uma parte mais interior de matéria degenerada. Mas esse caroço de matéria degenerada estará preso dentro da estrela, não estando visível como acontece no caso das nebulosas planetárias.

Sobre isto o Jeff apenas diz o seguinte:

It is not clear to me that the theory is this well developed.

E este parece-me ser o grande problema da morte de estrelas de baixa massa. É que além das teorias estarem pouco desenvolvidas a esse nível, não existem provas observacionais, pois ainda não morreu nenhuma anã vermelha nem nenhuma anã castanha desde o início do Universo. Sendo assim, parece-me que podemos encerrar este debate. Penso que a corrente que defende que elas se transformam em anãs brancas está obviamente correcta e que essa transformação ocorre sem estrela passar pela fase de gigante vermelha, pois não tem energia para isso. A morte vai acontecendo lentamente por contracção até o interior mais profundo se transformar numa anã branca enclausurada. Quanto às anãs castanhas, fica a dúvida. Talvez não cheguem a uma fase tão avançada.
 
posted by Jose Matos at 19:39 | Permalink |


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