O Rui Barbosa (sempre atento) mandou-me um comentário em relação ao meu post sobre o Challanger. Os reparos que faz têm razão de ser.
Só um comentário ao post no teu blog sobre o desastre do Challenger. Na realidade o Challenger não explodiu e é essa é uma concepção errada que ficou do acidente.
R- Reconheço que existe essa concepção, embora nestas coisas o nosso comentário seja sempre genérico.
O vaivém espacial Challenger foi destruido aos 73 segundos de voo pelas forças aerodinâmicas resultantes da expansão dos gases originados pela falha estrutural do tanque exterior de combustível líquido.
R- Concordo contigo embora durante esta fase se tenha registado também no nariz da própria nave a explosão do combustível de bordo. Mas de facto foi a pressão aerodinâmica exercida sobre a estrutura da nave que a partiu em vários bocados.
Uma concepção errada que ficou do acidente foi a de que o vaivém teria explodido, o que não é verdade. Da mesma forma não é verdade dizer que os sete astronautas morreram a quando da destruição do tanque. Na realidade a expansão dos gases que levou à destruição do Challenger em milhares de destroços, terá resultado na perda de pressurização da cabina onde se encontrava a tripulação que possivelmente terá ficado insconsciente.
No entanto é sabido que alguns sistemas de suporte de vida foram activados o que leva a supor que alguns tripulantes teriam estado conscientes logo após a destruição do tanque ou na queda para o Oceano Atlântico. O acidente ocorre a uma altitude de 14 km e a cabine da tripulação atinge os 19,8 km de altitude antes de iniciar a queda para o mar que dura 2 minutos e 45 segundos. Todas as investigações indicam que a tripulação se encontra viva na altura em que se dá o impacto nas águas do Atlântico a uma velocidade de 3222 km/h. Com a despressurização os sete astronautas teriam dificuldade em respirar e segundo o relatório da Comissão Rogers que investigou o acidente, a tripulação "...possivelmente, mas sem haver uma certeza, terá perdido a consciência". O impacto nas águas do mar resulta numa desaceleração de 200 g, esmagando a estrutura da cabina e destruindo tudo no seu interior. A cabina do Challenger pode ter sido suficientemente forte para não sofrer qualquer despressurização. No entanto caso a tripulação tenha perdido a consciência não se sabe se os astronautas poderiam ter readquirido a consciência á medida que a atmosfera se tornava mais espessa durante os últimos segundos da queda.
R- Calcula-se que sim, que a tripulação estivesse viva, mas inconsciente no momento do choque com a água a 3214 km/h. Portanto, terão morrido devido ao choque com o oceano.